quinta-feira, agosto 20

Borboletas no estômago.


As tais borboletas que atraí se instalaram no meu estômago. Tenho hoje um liquidificador de borboletas que é acionado cada vez que reconheço tua voz.
Espero ansiosa pelo teu ouvido. Hoje você gasta minhas palavras sem economia e eu falo sempre como se fosse a primeira vez. Sempre falo demais. O tempo passa tão rápido quando estamos a sós, mesmo sem estarmos. Aos poucos me atrevo a dissertar sobre o que desconheço porque já não me é tão desconhecido assim. O desconhecido vive em mim como se nosso encontro fosse antigo. Como se meu coração fosse familiar. Como se teu coração fosse terreno palpável.
Você está para mim como o presente desejado está para a criança impaciente. E aguardo a permissão do tempo pra abrir o meu presente.
A saudade me visita em sua ausência e me afoga nessa espera interminável.
Confesso que não consigo espalhar as palavras sem que meu sentimento seja afetado. Pensar em você me afeta. Falar de você me afeta. Escrever pra você desmonta meu pensamento.

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